Portador de Crohn recorre a vaquinha online para conseguir tratamento com células tronco
- Ana Paula Figueiró
- 3 de dez. de 2017
- 3 min de leitura

Diagnosticado com Doença de Crohn há 12 anos, o radialista Bruno Roberto Caldart, de 26 anos, agora irá tentar um novo tratamento, o transplante de células-tronco. Ele mora em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul e pretende fazer o transplante em São José do Rio Preto, São Paulo. O procedimento não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nem por convênios médicos. Para pagar por ele será preciso 300 mil reais, valor que a família não tem no momento.

Para ajudar a levantar o dinheiro, sua prima Aline Rodrigues, recorreu à internet e criou uma vaquinha online, no site vakinha.com. Em um pouco mais de 60 dias, foi arrecadado quase 40 mil, apenas 13% do valor necessário. Para Aline, era frustrante ver o sofrimento do seu primo e não poder fazer nada. “Sempre senti uma sensação frustrante de não poder fazer nada para mudar a vida dele. Quando soube que havia essa possibilidade de um transplante, dando a oportunidade de uma vida nova para o Bruno, a esperança se renovou”, conta Aline.
Bruno Roberto já conhecia o tratamento através da internet, mas nunca havia cogitado fazer, até o dia em que seu médico sugeriu e disse que poderia ser uma opção. Mês passado, ele foi com seu pai para São José e passou por duas consultas com dois especialistas. “Eles disseram que no meu caso o transplante é a melhor indicação”, afirma. O transplante é uma nova técnica utilizada para tratar pacientes com doença de Crohn. As células-tronco têm potencial para enfrentar as doenças inflamatórias intestinais.
Aline também deseja que o primo consiga o tratamento rápido, para que ele volte, segundo ela, a ser feliz. “Eu e o Bruno passamos a infância juntos, e ele sempre foi uma criança muito alegre, porém essa doença abafou essa alegria. Com o tratamento eu poderei vê-lo feliz novamente”, afirma.

O jovem radialista foi diagnosticado com a doença de Crohn aos 14 anos de idade, “mas já sentia os sintomas desde os 12 anos de idade. Eu perdi muito peso, estava com anemia e sentia dores abdominais”, conta. Após vários exames, seu pediatra lhe encaminhou para uma especialista, que solicitou uma colonoscopia, exame endoscópico que permite a visualização de todo o intestino grosso, utilizado para diagnosticar diversos problemas no intestino, só assim, o jovem descobriu a enfermidade.
Desde a adolescência, ele já recorreu a vários medicamentos farmacêuticos e tratamentos, que com o tempo foram perdendo o efeito. Além dos tratamentos convencionais, ele também fez uso de naltrexona, ozonioterapia e até um tratamento indígena com chás. Para Bruno e sua família não foi nada fácil descobrir a doença, que quase ninguém conhecia”. Na época ninguém da minha família, muito menos eu, conhecia a doença. Era uma novidade, digamos”, lembra Bruno.
Atualmente, nenhum remédio lhe faz mais efeito. Ele está bastante debilitado, pesa apenas 45 kg, e ainda trabalha e estuda, mas teve que diminuir o ritmo, por causa do seu quadro clínico. O físico fica abatido, mas o psicológico também precisa de atenção. Muitos pacientes passam por dificuldades, que os deixam propensos a terem ansiedade e depressão. “Foi difícil, principalmente na questão psicológica. Passei a tomar antidepressivo na mesma época que comecei o tratamento. Mas nunca parei de estudar, acho que isso me ajudou”, lembra o rapaz. O procedimento com células-tronco traz expectativas para toda família. Maria Joana Vieira, mãe do rapaz, acredita que ele pode voltar a viver bem, sem a doença. “Tenho a esperança que o Bruno volte a ter uma vida normal novamente, coisa que ele não teve até agora”, conta.
O jovem também espera poder voltar a ter uma rotina normal. “Quero voltar a trabalhar tranquilamente e sair mais com os amigos, e principalmente poder dar mais tranquilidade aos meus familiares”, afirma Bruno.

O Jornal almoço, telejornal local da RBS TV filiada a rede Globo no Rio Grande do sul, fez uma matéria com o rapaz e sua mãe, para assistir clique aqui.
Na entrevista ao repórter, a mãe faz um pedido a população de Duque de caxias para que ajudem no tratamento. "A gente pede que ajude com R$ 1, R$ 2. Já é uma ajuda", apela a mãe. "Não é uma coisa simples, a gente sabe", completa.
Ajude o Bruno O procedimento é caro e o caso do Bruno é urgente. Quem puder ajudar com qualquer valor e só clicar aqui para realizar a doação.
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