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Alimentação saudável pode ser a maior aliada contra as DIIs

  • Foto do escritor: Ana Paula Figueiró
    Ana Paula Figueiró
  • 2 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Visando manter uma vida saudável, muitas pessoas criam o hábito de se alimentar melhor, consumindo mais frutas, verduras, legumes, entre outros alimentos, que passam longe do quesito industrializados. Para os pacientes de doenças inflamatórias intestinais não seria diferente, seguir uma dieta rica em nutrientes é essencial para manter a saúde e evitar as crises.

A alimentação dos pacientes de doenças inflamatórias intestinais (DIIs) não é restrita a poucos alimentos, em um regime regrado. Mas é necessário que exista alguns cuidados e equilíbrios.


Não existem indícios que comprovem a relação direta das doenças com o que é comido, mas a nutricionista Denise Faria, pós-graduanda em Nutrição Clínica Funcional e Saúde Pública, ensina que “realizar uma dieta saudável e equilibrada ajuda na manutenção e previne agravos da doença e deficiências nutricionais”.

Alimentos picantes, frituras, refinados, cereais integrais, enlatados, embutidos, laticínios (dependendo da tolerância), bebidas gasosas, chás, álcool, cafeína, alimentos ricos em fibras e carnes gordas, podem provocar sintomas como diarreia e flatulência.

Segundo Denise, Alimentos picantes provocam irritabilidade e agride a mucosa intestinal, já as gorduras pode ter sua digestão dificultada e permanecendo por maior tempo no intestino, consequentemente nestes dois casos, ocorre agravando dos sintomas e piora os episódios de diarreia.

Não se sabe ao certo quais alimentos podem fazer mal aos pacientes DIIs, depende muito do organismo de cada indivíduo. Segundo Denise, os indivíduos com DII possui risco elevado de problemas nutricionais, estipular uma dieta pode ser o caminho mais fácil para estabelecer e manter o estado nutricional do paciente.

Cada um no seu quadrado, ou melhor, na sua dieta Cada paciente deve monitorar sua dieta para descobrir o que lhe faz bem ou mal. Existem alguns alimentos que podem ser evitados por desencadear os sintomas, mesmo quando o paciente estiver com a doença controlada. Barriga inchada, dores abdominais e gases, são sintomas que podem ser amenizados apenas por meio da alimentação.


“O meu médico disse que a alimentação não tinha muito a ver com as crises e manutenção da doença, mas como conheço meu corpo, comecei a observar a diferença quando consumia alguns alimentos. Decidi ir testando e criando o hábito de me alimentar melhor”, afirma Andressa Schuquel, diagnosticada com Retocolite Ulcerativa (RCU) há quase 10 anos. Ela conta que nunca decidiu fazer uma dieta específica, mas que decidiu com o tempo quais alimentos risca da lista de compras.

Somente a dieta não irá tratar as doenças. Escolher os alimentos certos ajuda a melhorar os sintomas, mas nunca será indicado interromper o tratamento medicamentoso. Um complementa o outro. Andressa afirma que com a dieta e os medicamentos nunca mais teve crises.

As dietas devem ser prescritas por um nutricionista ou outro profissional de saúde. "A alimentação de indivíduos com DII requer muita atenção e antes de sair excluindo vários alimentos da dieta é primordial consultar um nutricionista, pois este é o profissional capacitado para orientar e elaborar um plano alimentar específico e nutricionalmente completo para estes indivíduos, sem comprometer sua saúde”, alerta Denise.

Na fase mais avançada das doenças, especialistas acreditam que é melhor poupar o trabalho intestinal com uma dieta livre de resíduos.


Carência de Nutrientes As doenças inflamatórias intestinais, em muitos casos, desencadeiam insuficiência de nutrientes. Uma alimentação equilibrada deve suprir tais necessidades, porém em alguns casos, os pacientes também devem tomar vitamínicos para preencher algumas faltas. Toma suplementação pode ser essencial em alguns casos.

A nutricionista Denise Faria conta que os principais nutrientes afetados são folato, vitaminas do complexo B (B6 e B12), vitamina C, zinco, ferro, potássio e cálcio devido a há absorção, interação fármaco-nutriente ou falta de consumo de alimentos fontes.


Carolina Picoli, também tem RCU há mais de 1 ano e toma o tecnofer para anemia. “Já melhorei bastante. Foi o único medicamento de ferro que me adaptei. A diferença foi vista nos exames e parei de ter tonturas”, afirma. Segundo Carol, o Tecnofer é efervescente e de fácil absorção no organismo. Ele não afeta a retocolite, como a maioria dos remédios de ferro.

Segundo a Nutricionista Denise Faria, se houver má absorção de gorduras, as vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, também podem ser afetadas. Deficiências desses nutrientes têm impactos negativos no prognóstico da DII, além de promover o surgimento de anemias, falta de imunidade e problemas ósseos e de coagulação.

A suplementação é indicada em alguns casos, mas sempre com prescrição e orientação de um médico ou nutricionista.


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