As doenças inflamatórias intestinais têm causas?

As doenças inflamatórias intestinais não têm causas comprovadas cientificamente. A teoria mais ouvida é que as inflamações é o resultado de uma reação exagerada do sistema imunológico a flora intestinal.

“Não se sabe exatamente a causa da doença, por esse motivo, ainda não temos a cura, não existe uma cura para a DII. O que fazemos com as medicações é controlar, controlamos a inflamação”, afirma Dra. Milena Liorci, Coloproctologia especialista em Cirurgia Geral pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Segundo a Dra. Milena, a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa são doenças inflamatórias intestinais inespecíficas. “Existem as inflamações no intestino causadas por bactérias, vírus, entre outros parasitas, mas a inflamação de Crohn ou retocolite já não são causadas por nenhuma dessas coisas, é o que a gente chama de doença de causa inespecífica”, explica Milena.

Existem várias hipóteses sobre o surgimento das DIIs. Para especialistas, as causas podem envolvem vários fatores, como genéticos, ambientais, dietéticos ou infecciosos, Dra. Milena defende, “existem algumas teorias, mas nada comprovado. Existem algumas hipóteses, de que alguns fatores possam influenciar, mas não se sejam a causa”. Não é possível evitar ou prever as doenças, como também ainda não possível descobrir (por enquanto) de onde ela veio.

Para quem tem a enfermidade, fugir das ocasiões que pioram as crises, como os fatores ambientais, pode ser muito importante. Manter a calma, criar uma rotina diálogo com familiares e amigos, se alimentar bem, praticar exercícios físicos, não fumar e não exagerar nas bebidas alcoólicas, são atitudes simples, que podem ajudar a manter as crises longes. Como ainda não existe a cura, controlar os sintomas traz qualidade de vida aos pacientes. É extremamente importante ficar de olho nos exames e seguir o tratamento corretamente.

Os sintomas, além de trazerem fraqueza e dores, também podem desencadear depressão, tristeza, angústia, irritação ou medo. A dificuldade em encontrar equilíbrio entre a vida social e a doença podem ocasionar estresse e ansiedade, que fora de controle favorecem as crises. Por esses motivos, também é recomendado que os pacientes fiquem de olho no emocional e ser for preciso, procurem a ajuda de um médico ou psicólogo.

Um fato importante é que nem a RCU nem a Crohn são contagiosas, isto é, não é possível passar a doenças de pessoa para pessoa. E também, não é provável predizer quais membros da família poderão desenvolver uma das duas enfermidades.

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